Conheço André Barros desde antes de nascer, quando ele se apresentou na barriga da mãe, Ana Lucia, minha colega de turma na FND, filha de Virgínia, guerreira que nos acolhia em casa durante a ditadura e irmã de Vera Silvia, tão torturada que viajou na troca de um dos embaixadores sequestrados em cadeira de rodas.
Fernando, Pai do André, foi Presidente do CACO em 1964, na primeira eleição realizada após o golpe para a reabertura dos diretórios fechados. Fui Vice-Presidente do CACO nessa gestão que durou um mês, pois fomos suspensos e impedidos de frequentar a Faculdade. Tivemos de fazer prova com a liminar de Mandado de Segurança concedida pelo grande Juiz Miranda Rosa. Fernando morreu ano passado, depois de conviver longamente com um câncer no cérebro. Foi um grande amigo. Era gaúcho e foi locutor da Cadeia da Legalidade, durante a resistência que foi feita no Rio Grande do Sul pelo então Governador Brizola.
André é um sonhador. Um guereiro que acredita nas idéias generosas que defende. Já foi candidato outras vezes, mas tem poucos recursos e sempre enfrenta grandes dificuldades operacionais. Faz campanha de corpo-a-corpo, comícios semanais no Largo do Machado e na Av. Rio Branco. Conheço o seu caráter eposso afirmar que se trata de uma pessoa digna.
Vou votar nele!
Técio Lins e Silva
*Tecio Lins e Silva é um dos grandes advogados da brilhante Geração 68